Uma Visão Pessoal – Freddy Ragy
O Homem procura existência de vida extraterrestre, mesmo que deífica, há muito tempo com recursos tecnológicos inexistentes ou que foram sempre muito limitados. Atualmente temos à disposição avanços inimagináveis a 30 anos atrás.
No entanto, todos esses avanços não estão sendo utilizados corretamente. A procura está sendo feita com o alvo fora de foco. Dá-se valor quase absoluto para a existência de vida à da de água líquida e à insolação adequada para tal.
A partir desse princípio, a NASA, Agência Espacial Norte Americana, usando dados obtidos do seu telescópio Kepler, definiu zona apropriada para exoplanetas onde pudesse haver vida, à qual chamou Zona Habitável (ZH).
Limitou-se, porém, a determinar regiões onde pudesse haver apenas água líquida e se esqueceu de verificar a existência da essência da Vida: o Gás Carbônico. Não se preocupou, também, em verificar a qualidade dos raios que atingiam os planetas candidatos: ateve-se apenas à faixa de temperatura.
Highlighted are 12 new planet candidates from the seventh Kepler planet candidate catalog that are less than twice the size of Earth and orbit in the stars’ habitable zone—the range of distances from a star where liquid water could exist on the surface of an orbiting planet The dark green represents an optimistic estimate for the habitable zone, … §
Pode ser que se encontre vida externa no vasto Universo. Mas também pode ser que só haja Vida neste Planeta diferenciado, pois as propriedades necessárias para tal vão muito além do que se está sendo definido até agora como critério.
Vida
Antes de mais nada, precisamos definir o que é Vida e saber como ela surgiu aqui.
Por Vida, podemos entender que seja o que tem nascimento, desenvolvimento, reprodução, envelhecimento e morte. Notemos que “reprodução” quer dizer “mesmas características”. É necessária uma Receita PERFEITA para a sua criação1.
A origem é a Fotossíntese, que é a reação química entre o Gás Carbônico e a Água provocada pela Luz Solar e, observemos, sem a participação do Oxigênio, que não existia livre na Atmosfera quando então. É a Vida Vegetal que surgiu nos oceanos, já formados, e se expandiu para a terra firme, dominando-a e liberando o Oxigênio livre, que temos hoje, nos mares e na Atmosfera.
CO2 + Água + Energia Solar → Vegetação + Vida + Água + O2
O Oxigênio é elemento comum aos dois tipos de moléculas reagentes e a da Água é polar, formando um ângulo de 104°, o que induz à reação.
O Carbono é o melhor elemento, e provavelmente o único, para proporcionar a existência de vida. Tetravalente, ele se combina com muitos elementos químicos e pode fazer ligações ramificadas. É um ametal e tem melhores propriedades para tais ligações do que o seu “parente” Silício, que é semi-metal, com massa mais que o dobro, e está na linha de baixo da mesma coluna da Tabela Periódica dos Elementos2.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_peri%C3%B3dica – Destaque do Autor
A Vida Animal começou milhares de anos depois, quando já havia o Oxigênio suficiente que a sustentasse. Podemos considerá-la como “parasita” que vive às custas dos vegetais, aproveitando-se não somente do Oxigênio produzido por eles como se alimentando, tirando energia, daqueles mesmos.
O Oxigênio, que apareceu com os outros elementos na formação da Terra, oxidou a tudo, ou quase, incluindo aí, o Hidrogênio e o Carbono, formando a Água e o Gás Carbônico que temos hoje sob forma gasosa, fossilizado ou na forma da nossa já destruída vegetação.
Condições Necessárias
A Vida que conhecemos necessita da existência de vários elementos secundários como o Fósforo, Selênio, Nitrogênio, …
Entretanto, precisamos de condições fundamentais para que exista Vida. A saber:
1. Sistema solar localizado em um “oásis cósmico” em
braço ou na periferia da galáxia, distante, muito distante mesmo, do núcleo, que é um milhão de vezes mais denso[i] e onde as explosões estrelares, as radiações mortíferas e as altíssimas temperaturas aniquilam qualquer possibilidade da existência de Matéria e Vida. Assim, o percentual de exoplanetas aptos a suportar Vida se reduz ao nível do zero.
[i] http://astro.if.ufrgs.br/vialac/centro.htm
2. Concentração de Oxigênio na Atmosfera menor do que 21% em volume — 760 mmHg, pois sendo altamente oxidante, reagiria com todos os compostos de Carbono, levando-os à combustão. Nas concentrações moderadas atuais, de forma natural, reage suavente com tudo. Porém, com baixa umidade no ar, sua concentração aumenta e os incêndios acontecem.
3, Existência de gás inerte na Atmosfera que mantenha a diluição do Oxigênio sem provocar Efeito Estufa, papel este bem representado pelo Nitrogênio, que ocupa os quase 80% restantes.
4. Sendo a formação de um planeta feita com os Elementos Químicos produzidos na expansão isotrópica do Átomo Primordial que gerou o Universo, alguns deles inviabilizam a Vida. Assim é necessário que hajam outros elementos, na quantidade necessária, que os neutralize. Por exemplo, o Cloro. Mais oxidante do que o próprio Oxigênio, foi neutralizado pelo Sódio, Magnésio, Potássio, …
5. Inexistência de substâncias venenosas à Vida Animal (na parte que nos toca), como o Metano, além do Cloro já citado.
6. Condições mais restritas para que ocorra a Fotossíntese do que as apontadas pela NASA, como os fatores limitantes abaixo (http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bioquimica/bioquimica17.php)
– A concentração de CO2 suficiente.
– A Temperatura não deve ser muito mais elevada do que 40° C.
– O comprimento de onda da luz incidente dever ser conveniente para assimilação pelas clorofilas.
– Intensidade luminosa deve ser a conveniente para ativar a Fotossíntese..
7. Proteção contra a Estrela Mãe.
Podemos dizer, sem medo de errar, que o local mais provável de encontrar Vida fora da Terra seria no nosso próprio Sistema Solar. Mas ela só existe neste único local Terra!
O planeta Venus, nosso gêmeo, está bem próximo da ZH mas nunca teria vida. Isto porque sua atmosfera tem 97% de Gás Carbônico e, portanto, um Efeito Estufa muito grande, e por não ter praticamente nenhuma Água. Sua gravidade é 91 % da terrestre, muito próxima pois. Na sua órbira atual, sua temperatura é de 460° C.
“Vênus é muito, muito seco,” diz David Grinspoon, astrobiólogo do Denver Museum of Nature & Science. Toda a água contida em sua atmosfera, acrescenta, teria pouco mais que 2,5 cm de profundidade se estivesse na superfície do planeta.
Em nova e recente descoberta, a NASA constatou que o campo elétrico gerado em Vênus é de 5 a 10 vezes maior do que o da Terra. A isto, somado ao “vento solar”, atribuiu a eliminação da água no planeta. Há evidências, segundo a Nasa, de que lá já houve oceano.
Totalmente dentro da ZH, Marte também sofre grande influência do “vento solar” que eliminou toda a água existente na superfície. Está sendo estudado pela Missão MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile Evolution) e, em termos de Vida, é carta fora do baralho. https://www.nasa.gov/mission_pages/maven/main/index.html
Marte não tem campo magnético para protegê-lo do “vento solar” e o de Vênus é muito fraco para tal. O campo magnético da Terra forma um escudo protetor contra as partículas carregadas que vem do Sol, o Cinturão de van Allen.
Pode ainda haver outros detalhes restritivos por descobrir, mas somente com os aqui listados é muito grande a chance, neste vasto Universo, de sermos um Planeta Singular.
§ … while the light green area represents a more conservative estimate for the habitable zone. The candidates are plotted as a function of the star’s surface temperate on the vertical axis and by the amount of energy the planet candidate receives by its host star. Open yellow circles show new planet candidates in the seventh catalog. Open blue circles show candidates from previous catalogs. Filled-in circles represent candidates that have been confirmed as planets due to follow-up observations. Note that the new candidates tend to be around stars more similar to the sun, representing progress in finding planets that are similar to the Earth in size and temperature that orbit sun-like stars. area.
Credit: NASA Ames/W. Stenzel
http://www.nasa.gov/ames/kepler/twelve-new-small-kepler-habitable-zone-candidates
Veja também:
1 – PERFEITO (do lat. perfectu, ‘feito até o fim’, ‘acabado, terminado’), no modo erudito, significa COMPLETO, como definido no Novo Dicionário Aurélio Eletrônico. A forma popularmente consagrada de ótimo, maravilhoso, é tão válida quanto a erudita, apesar do sentido não ser rigorosamente o mesmo. Para se ter a Receita da VIDA são necessárias as duas definições.
2 – VIDA BASEADA NO SILÍCIO http://www.bertolo.pro.br/fisica_cosmologia/Cosmologia/Cosmology/silicon-based_life.htm
CIÊNCIA em Prática! 
Usando todos estes critérios só se encontrar outro planeta gêmeo da Terra pelo universo, e se é comprovado que a vida não precisa que tudo seja assim para se desenvolver em um planeta.
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Rogério. boa tarde
A Vida extra-terrestre ñ é impossível, mas improvábel. O planeta gêmeo da Terra é Venus q ñ tem vida, Nem Marte, Ambos ñ têm campo magnético q os protea do Sol. Leia as referências da Nasa q eu indiquei, Para haver Vida é necessário q exista CO2 e H2O. O Oxigênio vem depois. Acho interessante q vc leio tb o ensaio “Além do Efeito Estufa …”. Esclarece algumas coisas.
Havendo algum tipo de Vida em um exoplaneta, começará seguramente sob a forma vegetal com base mo Carbono. Ñ há outro elemento químico capaz disso. Haverá diferenças em fução dos nutrientes lá existentes, mas será semelhante. A Vida Animal é um parasita q aparece qd a Fotossíntese já houver prodizido Oxigênio sufidiente para tal.
abs
Freddy Ragy
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Muito bom!
Como dito por você, esse assunto é muito complexo e vasto e, entender a vida a partir de seu surgimento então!!??
Sabe-se que a nossa atmosfera era tóxica e ainda assim começou a vida a partir dos estremófilos, que evoluíram em uma espécie de vegetal (existindo ainda poucos exemplares), consequentemente, e foram quase todos extintos por produzirem oxigênio, misturando-se a atmosfera, ocasionando chuva ácida.
Mas essa primeira grande extinção, abre caminho para aparecimento de novas espécies que evoluírem, saírem da équa.
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Aécio, fico satisfeito q tenha gostado. Já tenho outro ensaio no prelo.
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