O RNA Mensageiro, a Criação das Vidas e as Origens das Espécies

Colaboração Paulo Avelino, Eng Civil – PUC RJ
Revisão Técnica Marcio Viana Guedes, Eng Eletricista – UFRJ

Os acontecimentos deste início de Século XXI, no que tange ao mal pandêmico que assola a Humanidade, vieram confirmar a origem dos seres vivos deste Planeta pela Teoria da Criação da Vida, de Oparin e Haldane, publicada em 1920, com a qual a forma de propagação do COVID19 está amplamente em concordância.

Em breves palavras, a Vida começou devido à existência de Nitrogênio, Carbono, Hidrogênio, mais alguns Elementos Químicos e muitas descargas elétricas na Atmosfera Primordial.

Formaram-se, então, aminoácidos RNA – Ácido Ribonucleico, que, por sua vez, acidentalmente formaram DNA, Ácido Desoxirribonucleico, a Vida propriamente dita.

Maiores detalhes sobre a Teoria podem ser encontrados no vídeo A Origem da Vida pela Bioquímica, de onde foram tiradas todas as imagens deste Ensaio: http//:youtu.be/uIo5Mr7SelQ

A Teoria, foi comprovada no experimento de Miller-Urey de 1953, onde se procurou reproduzir as condições da Terra inicial.

Explica a Teoria, também, que ‘erros’ na replicação dos RNAs, que são seus mensageiros, propiciaram, e ainda propiciam, a criação de variedades das espécies de vida que venham existir.

Mas temos que considerar, no entanto, que as reações que ocorreram, apesar de regidas pelas mesmas Leis da Química, poderiam não resultar sempre nos mesmos produtos. Alguma variação poderia haver, não só dos ‘erros’ de replicação, mas também devido às variações localizadas das condições ambientais na vasta imensidão da atmosfera e à grande quantidade de aminoácidos existente.

O único senão, apontado até recentemente, era a necessidade da total ausência de Oxigênio naquela atmosfera. E foi exatamente isso que aconteceu. O Oxigênio formado primariamente, seguindo o modelo Cadeia Próton-Próton da Criação do Cosmos, foi todo consumido na oxidação de quase tudo o que havia na Terra primitiva e, dele, quase nada sobrou na atmosfera. Foram oxidados o Hidrogênio (H2O), Carbono (CO2), Ferro (Fe2O3, Fe3O4), Alumínio (Al2O3, AL3O4), Silício (SiO2, que é a areia da praia), só para citar alguns.

O que temos hoje é Oxigênio de segunda geração, resultante da reação de Fotossíntese, que dominou o Planeta nos seus estágios iniciais.

Assim, teríamos a Criação de Vidas no plural, diversas formas delas, e não apenas uma única, partindo para colonizar a Terra. Não é descartada a múltipla formação da mesma ‘Vida’ em diferentes pontos simultaneamente.

Miríades de seres vivos apareceram durante o longo tempo disponível. Vegetais e animais, vertebrados e invertebrados, mamíferos, répteis, aves, insetos, aracnídeos, anfíbios…

Tendo isto posto, em muito fica facilitada a compreensão da Teoria de Charles Darwin que, também agora, seria no plural desde que o processo começou: AS ORIGENS DAS ESPÉCIES.

Teorias existem, no entanto, da Vida ter origem extraterrestre, vinda em meteoritos em forma de aminoácidos e proteínas já prontos ‘in the box’. Um deles é o ALH84001, que veio de Marte e trazia moléculas orgânicas com múltiplas estruturas em forma de anel. Outro, o Murchison, tinha a bordo bases nitrogenadas, como as encontradas nos RNAs e DNA e mais ampla variedade de aminoácidos.  1 e 2

É claro que existe a possibilidade de terem sidos contaminados pelos aminoácidos quando aqui chegaram ou foram analisados, mas são tantas as descobertas dessas moléculas no Sistema Solar que temos que aceitar como normal que se formem, o que está de acordo com as leis da Química.

A facilidade constatada de formação de variantes de RNA indica que o Universo está cheio de sementes de vida. Mas elas só germinam se caírem em ‘solo fértil’. 3

Isso só vem reforçar ainda mais a Teoria de Oparin-Haldane, estendida, agora, ao Cosmos.

A NASA, Agência Aeroespacial Norte-americana, por seu lado, em constante e incessante busca, encontra nos meteoritos os mesmos sinais promissores, e até alguns a mais. 4

O alcance dessa busca, porém, não ultrapassou o Sistema Solar, que se situa em um ‘oásis cósmico’, longe do turbulento centro da galáxia,1.000 vezes mais denso. 5

Em especial, a sua sonda MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile Evolution) trouxe dados importantes que sugerem Vida anterior em Marte enquanto este planeta teve a proteção do seu próprio campo magnético. 6 Mas partindo dalí, seria muito esperar que algum aminoácido cruzasse o espaço interplanetário e aqui chegasse. Já do Cinturão de Asteroides…

Pelo já exposto no início, acreditamos em múltiplos pontos, até milhares ou milhões, de Origem localizada. Afinal, isso está de acordo com a imensa quantidade existente de Vidas em nosso Planeta.

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1 – https://physics.aps.org/articles/v14/14

2 – https://physics.aps.org/articles/v13/117

3 – https://cienciaempratica.wordpress.com/2016/08/18/a-vida-no-cosmos-terra-o-planeta-singular/

4 -https://youtu.be/0u_WxTbp_Ww

5 -http://astro.if.ufrgs.br/vialac/centro.htm

   http://www.observatorio.ufmg.br/pas33.htm

6 -Ver ref 3 e link indicado.

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